Carla Furtado Ribeiro, "Portugal"




PORTUGAL

Não suporto estes flautistas de Hamelin
que não ouvem a gritar a sua bandeira
aquela que é tão feita de verdade
a que jurou ser nossa a vida inteira

Mas mais odeio os profetas da desgraça
trovador sou de almas verdes a cantar
canto o hino de um povo que não vende
o orgulho que lhe sangra sem parar

Esse orgulho que lhe sangra sem parar
é seiva lusitana genuína
viriatos somos todos, todos temos
a profundeza d’alma a forma fina

É sempre em teu regaço que repouso
somente o teu céu me faz sonhar
mas se algum dia te perder, meu Portugal
é porque já não sou eu vem- me buscar

E és tu portugal meu bem-querer
aquele que eu canto sentidamente
e nas trovas de amor só tu o sabes
é a ti que me declaro sempre, sempre



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